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Amêijoa Japónica do Tejo – Cuidado!

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Invasão Silenciosa e Seu Impacto Letal

Nas águas do Tejo e do Sado, uma experiência ambiental mal calculada desencadeou uma ameaça insidiosa: a introdução da amêijoa japonesa, agora um problema de saúde pública que atinge Portugal e Espanha. Este bivalve, embora pareça um presente da natureza, esconde um perigo tóxico para os humanos.

Uma Ideia Mal Executada

Inseridas nas águas portuguesas com a intenção de purificar poluentes como mercúrio e chumbo, estas amêijoas absorvem bio toxinas, transformando-se em vetores de toxinas. Ricardo Vaz Alves, da Guarda Nacional Republicana, destaca a alta toxicidade destes moluscos, que, se não forem adequadamente purificados, representam um grave risco à saúde, podendo ser fatal.

O Crescimento de Uma Crise

Nos últimos anos, a situação agravou-se com redes de caça furtiva que operam em larga escala, enganando consumidores e autoridades com documentos falsos e processos de limpeza ineficazes. Estas operações ilícitas, desmascaradas por operações conjuntas entre Portugal e Espanha, revelam a profundidade do problema e a dificuldade de combatê-lo.

Um Ciclo Vicioso de Crime e Toxicidade

A luta contra este tráfico vai além da captura ilegal. Envolvendo altos níveis de organização criminosa, o comércio da amêijoa japonesa gera lucros ilícitos, enquanto expõe consumidores a sérios riscos de saúde. A falsificação da origem das amêijoas, para contornar processos de purificação, destaca a complexidade e a urgência deste problema ambiental e social.

Desafios e Soluções

Combater esta crise requer mais do que esforços policiais; é necessária uma mudança na infraestrutura de purificação e maior conscientização pública. O controlo eficaz desta espécie invasora passa por estratégias que evitem a sua introdução em novas águas e que garantam a segurança alimentar dos consumidores.

O Caminho a Seguir

Enquanto as autoridades buscam soluções, a história da amêijoa japonesa serve de alerta para os perigos das intervenções ambientais mal planejadas e da ganância humana. Este bivalve, longe de ser uma simples iguaria, tornou-se um símbolo dos desafios que enfrentamos ao equilibrar intervenções humanas com a preservação da saúde pública e dos ecossistemas naturais.

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Perguntas frequentes

O que são amêijoas japónicas?

As amêijoas japónicas (Ruditapes philippinarum) são uma espécie de bivalve originária do Japão e amplamente distribuída pelo Oceano Índico e Pacífico. São conhecidas por sua capacidade de filtrar partículas alimentares da água, alimentando-se principalmente de fitoplâncton.

Como as amêijoas japónicas chegaram ao Tejo?

Foram introduzidas intencionalmente em Portugal, nas águas do Tejo e do Sado, como uma experiência ambiental com o objetivo de purificar a água de substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo e cádmio. Acredita-se que tenham sido trazidas por aquacultores de Espanha e França.

Qual é o problema com as amêijoas japónicas no Tejo?

A amêijoa japónica tornou-se uma espécie invasora tóxica para os humanos devido à sua capacidade de absorver biotoxinas presentes nas águas poluídas. A sua presença é agora considerada um problema de saúde pública, pois podem intoxicar os consumidores se não forem adequadamente purificadas antes do consumo.

É seguro comer amêijoas japónicas do Tejo?

As amêijoas japónicas do Tejo só são seguras para consumo se passarem por um processo adequado de purificação que elimine as toxinas. No entanto, muitas são capturadas furtivamente e mal descontaminadas, representando um risco significativo para a saúde.

O que está sendo feito para controlar a população de amêijoas japónicas no Tejo?

As autoridades portuguesas e espanholas estão trabalhando juntas em operações conjuntas para desmantelar o tráfico ilegal desta espécie e impedir a sua comercialização imprópria. No entanto, erradicar completamente a espécie das águas do Tejo é considerado quase impossível devido à sua elevada fecundidade e capacidade de adaptação.

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