A cultura gaúcha é rica e recheada de referências de outros povos sendo eles, alemães, italianos,
portugueses e espanhóis. Por volta do Século XVI, os colonizadores espanhóis entraram em contato com
os índios Guaranis no Estado do Paraná, onde consumiam uma espécie de chá servido em porongo
(planta a partir da qual são feitas cuias de chimarrão).
O consumo do chimarrão tornou-se algo natural no cotiadiano dos gaúchos, assim como ir visitar a Bahia
e não deixar de experimentar o acarajé, ou ir a Minas Gerais e não provar o delicioso pão de queijo, é
indispensável ir ao Rio Grande do Sul e não tomar o chimarrão. O mesmo é servido em qualquer ocasião,
a qualquer horário do dia, o famoso “mate” é oferecido a qualquer “estranho” que entre nas residências
dos gaúchos, assim falado por eles mesmos, tendo isso como símbolo de amizade e hospitalidade.
Tradicionalmente é cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sovado em uma bomba, e é
proveniente da infusão da erva-mate, uma planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio
Grande do Sul.
Chimarrão Gaúcho
Equipamento
- Cuia e bomba
- Chaleira
Ingredientes
- ⅔ de uma cuia de erva-mate
- àgua quente ~80º
Instruções
- Pegue a cuia, e encha dois terços com o mate, depois faça um montinho em um dos lados da cuia e despeje água morna ou quente até a boca.
- Espere 5 minutos antes de beber para dar tempo da erva inchar.
- O primeiro gole deve ser cuspido pois sempre vem com um pouco de pó do mate.
- Caso queira repetir, não há necessidade de colocar mais mate, basta encher a cuia de água novamente.
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Curiosidades
O chimarrão possui vários benefícios comprovados por pesquisa como, é diurético e auxilia no combate
ao colesterol ruim, é rico em vitaminas, sais minerais e fibras, também são antioxidantes, que retardam o
envelhecimento precoce.
“Mate” é uma palavra de origem Indígena, da Língua Quíchua, já o “chimarrão” vem da língua castelhana.
O mate tem etiqueta: a cuia deve ser passada com a mão direita e, ao entrar na roda de chimarrão,
espere sua vez. O primeiro a beber é o preparador em sinal de educação, para testar a temperatura da
água e também porque o primeiro é sempre mais amargo.
Não é de costume agradecer pelo mate recebido, pois assim entende-se que a pessoa está satisfeita.
A “água do chima” carinhosamente chamada pelos gaúchos, não pode ser fervida, pois queima a erva e
deixa o mate amargo, ideal é tirar a água assim que a chaleira começar a chiar, com a temperatura mais
ou menos em 80oc.
Sua opinião
Gostou do chimarrão? Já “mateou” com os amigos? Ficou com alguma dúvida?
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