Organizar bem para cozinhar melhor

Cozinhar bem não é necessariamente uma questão de talento inato ou algo em que seja necessário aplicar técnicas inatingíveis. Para o conseguir fazer, é fundamental organizar – o espaço da cozinha, as receitas, os ingredientes e as ementas.

A organização é o ponto de partida para preparar ocasiões festivas, mas também para os cozinhados do dia-a-dia. Saiba como se organizar para que cozinhar deixe de ser um momento de desgaste e se transforme num momento de prazer.

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Cozido das Furnas (Ilha de S. Miguel)

Este é um dos pratos tradicionais mais emblemáticos da ilha de S. Miguel, nos Açores, sendo cozido nas caldeiras naturais da Lagoa das Furnas.
Para o confecionar, os vários ingredientes são colocados numa panela, que é submersa na terra junto às caldeiras, sendo cozinhado pelo calor natural emanado da atividade vulcânica.
Aqui descrevemos a forma tradicional de confecionar a receita. No entanto, provavelmente não residirá nos Açores, junto às caldeiras naturais das Furnas, pelo que terá de adaptar a preparação do cozido à sua realidade. Deste modo, poderá colocar o tacho no forno a lenha ou, na falta deste, no forno elétrico. É claro que a receita não ficará com o sabor característico de quando é confecionada na ilha, em que sobressai um certo paladar a enxofre, próprio das matérias vulcânicas, mas não deixará de ser um cozido à moda das Furnas…

Ingredientes:

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Caldo de Cascas (Trás-os-Montes)

O caldo de cascas é o nome dado a uma sopa tradicional transmonatana, cuja designação provém do feijão-verde seco ao sol, regionalmente denominado cascas ou casulas. O regime alimentar típico dos transmontanos inclui pratos consistentes, com sabor e aroma fortes, capazes de retemperar forças para os trabalhos nos campos. Esta sopa (que na região se designa caldo) foi também uma forma de enfrentar o frio rigoroso do inverno, sendo tradicionalmente confecionada nessa época do ano.

Na sua confeção entram produtos regionais como a carne fumada (linguiça, salpicão, chouriço ou presunto), temperados com sal e azeite, adicionando-se por fim as batatas e as cascas.

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Gaspacho Algarvio

A região do Algarve caracteriza-se pelas suas maravilhosas praias e pelo clima quente no verão, que chega  a ser intenso. O gaspacho é uma sopa refrescante, ideal para começar uma refeição ou até para servir como prato principal, se levar acompanhamento.

No Algarve, a receita é designada Arjamolho e sofre pequenas alterações dependendo da região; no entanto, o tomate e os orégãos são indispensáveis – segundo a conceção local, não pode haver gaspacho sem orégãos, que lhe dão um aroma muito agradável. O pepino e o pimento são também muito importantes nesta receita tradicional, mas antigamente nem sempre eram incluídos, devido à dificuldade que havia em os encontrar.

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Bobó de Camarão (Baía)

O bobó de camarão é um prato tradicional da cozinha baiana, com raízes africanas, tendo sido introduzido na gastronomia brasileira no século XVII. Consiste num creme perfumado, feito à base de mandioca (ou aipim, como se designa na região nordestedo Brasil), azeite de dendê, leite de coco e camarão, apresentando um aroma e colorido capazes de abrir o apetite.
Originalmente preparada com inhame, a receita foi sofrendo ajustes até à atualidade, embora ainda seja preparado, em algumas regiões, de acordo com a receita original. A receita tradicional mantém  alguns ingredientes de origem africana, como a pimenta e o azeite de dendê, e outros nativos do Brasil como a mandioca.
É um prato tradicional nos almoços familiares e restaurantes baianos, podendo ser servidodo quente, morno ou frio, como prato principal ou como acompanhamento.
Para decorar, reserve alguns camarões para dispor em cima do prato depois de pronto. Bom apetite!

Ingredientes:

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