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Esquecidos (Covilhã)

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Os esquecidos, também conhecidos na região como broinhas, são biscoitos típicos da Covilhã. A receita é extremamente simples e económica, sendo feita somente com farinha, açúcar e ovos. O nome deriva do facto de a massa exigir originalmente muito tempo a ser batida, tanto tempo que a pessoa até se «esquecia» do que a estava a fazer.

Na região, manda a tradição que se façam estes bolinhos na altura da Páscoa. Outrora, os bolos eram feitos  quase intencionalmente para o Domingo de Páscoa, sendo presença em quase todas as casas quando o padre fazia a visita pascal aos paroquianos. No entanto, estas delícias da doçaria regional portuguesa não se confinam a esta quadra festiva, sendo os biscoitos feitos durante todo o ano.

Ingredientes:

  • 250 g de açúcar
  • 250 g de farinha de trigo
  • 4 ovos

Confeção:

Bata muito bem os ovos com o açúcar (cerca de ½ hora, se bater à mão).

Junte a farinha e envolva, sem bater.

Deite a massa, em colheradas espaçadas, num tabuleiro untado e polvilhado.

Deixe cair o tabuleiro sobre a mesa para espalhar a massa e leve a cozer, em forno pré-aquecido a 180º C, cerca de 10 minutos, até os esquecidos ganharem a sua cor dourada característica.

Sugestão:

Polvilhe os bolos com açúcar antes de irem ao forno. Nesse caso, deverá reduzir um pouco a quantidade de açúcar usada na preparação da receita para não deixar os esquecidos demasiado doces.

10 comentários em “Esquecidos (Covilhã)”

  1. são deliciosos e faz-me lembrar os que a minha avó fazia quando havia festa, mas com uma particularidade ela punha sempre no centro de cada um uma passa de uva ou um quadradinho de marmelada

  2. estes biscoites ESQUECIDOS sao os biscoites da minha infancia. Hoje tenho 82 anos. Mas enquanto minha Mae foi viva, sempre os fez para mim. Que saudades.

  3. Fazem parte das minhas memórias de infância, de há cerca de 50 anos, as férias passadas na Erada,uma aldeia do Concelho da Covilhã,um sítio mágico com ribeiras com quedas de água e casas de pedra enegrecida típica da região. Eram feitos na Pascoa, guardados numa arca de madeira juntamente com o pão que durava uma semana sem ficar duro nem criar bolor. Eram deliciosos. Fiz a receita e resultou maravilhosamente. Bem-hajam

  4. Como a Graça Castro, trambém cresci na Erada onde hvia sempre aqueles biscoitos que julgava que o nome de esqueçidos era porque ficavam muito tempo, por vezes esquecidos e sempre comestiveis

    1. Olá Lucia Mendes, eu sou de Almada, mas ia passar as férias grandes à Erada quando andava na Primária. Era uma aldeia lindíssima com as casas tradicionais da região, com as “lojas” por baixo que na realidade eram os currais das ovelhas e onde a minha querida anfitriã, a D. Maria José fazia os queijos, que depois ia vender ao Paul. O percurso era feito por mim claro, ora a pé ora montada no burrito que ela tinha. Foram os tempos mais felizes da minha infância. Eu adorava tomar banho na ribeira, onde haviam os chamados poços que não eram mais do que os fundões formados pelas cascatas, pois o terreno era em socalco e o inesquecível cheirinho a hortelã da ribeira que andava no ar. Mas é claro que se a Lucia cresceu lá, não lhe estou a dizer nada de novo. Só que eu já cá ando há 65 anos e há alguns anos fui passear para a zona e procurei a Erada e surpreendentemente não achei a uma única casa de pedra, fiquei muito decepcionada, mas foi bom ter lá ido. Bem-haja por ter mencionado a minha experiência.

      1. ola Graca Castro pelos vistos e do meu ano e tambem sou da Erada quem era a D.Maria Jose q fazia os queijos ? quanto as casas ainda la ha algumas com paredes de pedra mas e no fundo do povo.

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