Cabrito Assado (Beira Alta)

A cozinha tradicional portuguesa é considerada uma das mais sugestivas e saborosas, contando com uma variedade de receitas e ingredientes regionais que lhe dão um colorido e paladar únicos. Cada região tem as suas tradições gastronómicas e, no Natal, os pratos típicos de cada região ganham especial relevo e importância, também por ser uma festa de família, em que se reavivam costumes antigos.

O cabrito assado é um dos pratos tradicionalmente servidos no Natal, em Portugal, tendo especial expressão nas regiões do norte e Beiras, em que a paisagem natural serrana é propícia à criação deste tipo de animais. Saiba como preparar a receita tradicional de cabrito assado à moda da Beira Alta, um prato típico de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda.
O cabrito, que deverá ser preparado de véspera e sem a fressura, é acompanhado com batatinhas.

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Cabrito Assado (Beira Baixa)

Em Portugal, o cabrito assado é uma receita associada às festividades do Natal e da Páscoa. Embora cada família tenha os seus costumes na época de Natal, o cabrito come-se tradicionalmente no dia 25 de dezembro e não na noite da consoada.

Veja como preparar esta receita prática de cabrito, típica da região da Beira Baixa e com excelente sabor.

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Chanfana (Miranda do Corvo)

A Chanfana é um prato da região centro de Portugal, com um lugar de destaque no receituário da cozinha tradicional pelo sabor e aroma de excelência, apesar da simplicidade dos seus ingredientes, sendo a preparação apurada ao longo dos tempos. A receita, que deve ser preparada de véspera para tomar o sabor dos temperos, é feita à base de carne de cabra, devidamente condimentada, temperada e totalmente coberta com vinho tinto de boa qualidade. O acompanhamento típico deste prato é a tradicional batata cozida com pele, embebida no molho intenso da carne. Há quem diga que a chanfana é ainda melhor se for reaquecida e comida no dia seguinte ao do preparo.

A receita terá nascido em Semide, uma freguesia do concelho de Miranda do Corvo, que é atualmente conhecido por ser a capital da Chanfana. Também é conhecida como Carne de Matrimónio, por ser tradicionalmente servida em todos os casamentos na região, ou Lampantana, na região da bairrada. Pensa-se que terá sido um prato criado pelas monjas do Mosteiro de Santa Maria de Semide que, durante as invasões francesas, para evitar que os franceses lhes roubassem os rebanhos, mataram os animais e os cozinharam. Como os franceses tinham envenenado as águas, as monjas utilizaram vinho na confeção.

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Rojões à Moda do Minho

Este prato de carne, típico da região do Minho, é um dos mais tradicionais da cozinha portuguesa. É confecionado com ingredientes diversos, que lhe dão um colorido e aparência peculiar, começando pela carne de porco cortada em cubos – designados rojões – tripas enfarinhadas, chouriço, fígado e sangue.

No Minho, os rojões são tradicionalmente servidos com rodelas de limão e raminhos de salsa, sendo também acompanhados com arroz de sarrabulhopapas de sarrabulho ou arroz branco.

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Charque Farroupilha

A Revolução Farroupilha, também conhecida por Guerra dos Farrapos, deu-se no Rio Grande do Sul e foi a mais longa revolta brasileira (1835-1845). Na época, esta região do Brasil tinha uma economia baseada na criação de gado e na produção de charque (carne seca), couro, sebo e graxa, que se destinavam ao mercado interno. O charque era vendido em todas as províncias (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e na região nordeste), pois era usado na alimentação dos escravos.

Os produtores gaúchos reclamavam dos altos impostos cobrados pela entrada de seus produtos nas outras províncias e da concorrência “desleal” do Uruguai e da Argentina, países que também produziam e vendiam charque para o Brasil, mas que pagavam um imposto alfandegário baixo. Assim, os produtos importados eram muitas vezes mais baratos que os provenientes do Rio Grande do Sul, o que estava a arruinar a economia gaúcha. A 20 de setembro de 1835, os rio-grandenses, conhecidos como farroupilhas (palavra usada para ridicularizar os simpatizantes das ideias liberais), revoltaram-se contra o governo, obrigando o presidente da província a fugir. A partir de então, a cada 20 de setembro se assinalam os ideais da Revolução Farroupilha, que tinha como objetivo melhorar as condições económicas de Rio Grande do Sul. E é assim que, todos os anos, os gaúchos reafirmam o orgulho nas suas origens.

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